domingo, maio 29, 2011

Anônimos

Quero falar em nome dos Anônimos. Vocês sabiam que eles pensam, sonham, planejam, realizam, compram, vendem, adoecem e alguns até morrem, no anonimato? Ninguém os fotografa, os segue, os ouve. Ninguém nada lhes pergunta, nada se sabe sobre eles. E, acreditem, eles estão ali, pensando além do óbvio, lendo as bobagens que os famosos fazem ou tentando entender onde está sua exclusividade. A massa fica impregnada com os pensamentos de poucos enquanto os inúmeros Anônimos criam sozinhos, no seu silêncio. Assim se faz a sociedade dos iguais: na moda, no rith, no palco. A diversidade empobrece na carência do plural. O que proponho é humildade para ouvir os Anônimos. Se eles não transformarem o mundo, ao menos meus ouvidos se aliviarão de não ter que ouvir mais uma vez os “bambans” reinventado a roda. A roda que roda diariamente, sobe e desce as esquinas da vida e, já gasta, todo dia é relançada. Se for para falar de novo da roda que roda, vamos dar voz aos Anônimos!?

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