"Avalia-se a inteligência de um indivíduo pela quantidade de incertezas que ele é capaz de suportar". Immanuel Kant
Ao me deparar com esta frase parei e, voltei a ela como quem quer ter
certeza (ao menos uma!!) do que está lendo. Tantas são as incertezas que me
sinto frágil para suportá-las. Volto a Kant e questiono (mais uma
incerteza) minha própria inteligência. Será a quantidade exagerada? Será a inteligência insuficiente para suportar? Talvez eu possa, para amenizar, tentar pensar no "peso" das incertezas que tenho. Algo em torno de três dígitos!!! Mas aí me ocorre a relatividade do peso. Sempre nossos problemas, nossos anseios e nossas incertezas são de proporção maior porque moram em nós. Abrigamos e sustentamos nossos fantasmas embora, num mundo interligado, dissipá-los não dependa unicamente de nós.
Olhando a imagem acima relaciono as folhas que estão no pé, com as incertezas que moram em mim; as folhas soltas, as incertezas anteriores que se distanciaram. Parece que ao se soltarem, as folhas que buscam o chão, são esmagadas e viram nada. Mas para que se soltem, não basta um vento matutino. Estão presas e precisam amadurecer, de sentido, no tempo, para que possam voar. Meu Deus, preciso desenvolver urgentemente minha inteligência. Logo vem a primavera e novas folhas brotarão. Preciso me desafazer de tantas incertezas porque o orvalho da noite poderá dobrar meus galhos e talvez eu não consiga conter... e me conter.
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