Borboletas não pesam, não fazem ruídos, vivem pouco tempo, se alimentam delicadamente do néctar das flores e representam tudo o que há de melhor: cor, alegria, movimento, mudança, leveza, sutileza, desprendimento. Quando as olho fico triste comigo mesma porque parece que há, em mim, mais lagarta do que borboleta. Em contrapartida sei que em cada lagarta mora uma borboleta que anseia bater asas. Muitas vezes presa ao mundo e ao que é caracteristicamente mundano, se encolhe em seu casulo, com medo. E se não houver primavera? E se estiver sozinha? E se as asas não forem suficientemente firmes para voar? Covardia? Não. Há caçadores, colecionadores, homens insensíveis e brutos. O belo momentâneo não é leve, silencioso e fugaz como as borboletas.
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